O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, atribuiu a alta do dólar, chegando a R$ 6, a fatores internos relacionados ao pacote de cortes de gastos e ao ambiente desafiador no cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos. Ceron destacou que movimentos no mercado são decorrentes do processo de compreensão do pacote e das políticas econômicas dos EUA, sob o governo de Donald Trump, que assumirá o cargo em janeiro de 2025. Em cenários como esse, países emergentes são mais impactados, aumentando o risco de inflação global e gerando reprecificação de ativos.
Ceron ressaltou que todas as moedas estão passando por um processo de depreciação, incluindo o real. Ele enfatizou a importância de medidas de revisão de gastos para manter a estabilidade econômica nacional. Após sucessivas altas, o dólar abriu em leve queda, sendo cotado a R$ 6,037. Na segunda-feira (2/12), a moeda havia registrado alta de 1,13%, atingindo R$ 6,068, estabelecendo um novo recorde nominal desde a implantação do Plano Real.
Na semana anterior, o governo apresentou uma proposta de cortes de gastos considerada insuficiente por analistas de mercado para garantir superávits e controlar a dívida pública. As medidas incluem um corte de R$ 70 bilhões nas despesas do governo em 2025 e 2026, chegando a um total de R$ 327 bilhões até 2030. O pacote será analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
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