A crise sem fim que permeia a política francesa

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Após um longo período de estabilidade política na França, uma crise sem precedentes se instalou no país. O presidente Emmanuel Macron se viu diante de um cenário de divisão no legislativo, com três grandes blocos partidários disputando o poder. Em uma tentativa de governar, Macron nomeou Michel Barnier como primeiro-ministro de um governo minoritário.

No entanto, a gestão de Barnier foi marcada por polêmicas, especialmente ao referendar o orçamento sem seguir os trâmites habituais, o que gerou insatisfação e culminou na apresentação de uma moção de desconfiança. Com uma inesperada aliança entre esquerda e ultraconservadores, a moção foi aprovada por 331 votos, destituindo Barnier do cargo.

Agora, Macron se vê diante de um dilema: buscar uma coalizão majoritária com a oposição, o que se mostra complicado devido às divergências ideológicas, ou apostar em um novo nome para liderar um governo minoritário, sujeito a novas moções de desconfiança. A tendência aponta para a segunda opção, com a nomeação de um novo primeiro-ministro em breve.

Com apenas três meses no cargo, Michel Barnier entrará para a história como o primeiro-ministro com a gestão mais breve na 5ª república francesa. Sua saída reflete a fragilidade do governo Macron, diante da baixa popularidade do presidente e das crescentes dificuldades enfrentadas no país. Política na França atualmente se mostra como uma equação complexa que exige um governo majoritário para funcionar adequadamente.

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