Deputados federais têm utilizado a cota parlamentar para viajar em classe executiva ou primeira classe em viagens internacionais. Passagens que chegam a custar mais de R$ 30 mil são custeadas pelos cofres públicos. Em um levantamento, foram registrados R$ 28 milhões gastos em passagens aéreas debitadas da cota parlamentar, além de R$ 3,7 milhões em viagens oficiais financiadas pela Câmara.
Em uma viagem ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, um grupo de bolsonaristas gastou mais de R$ 100 mil em diárias e passagens para denunciar o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Entre os viajantes estavam figuras como Ricardo Salles, que gastou R$ 22 mil na classe executiva da Latam para ir de São Paulo a Lisboa, além de despesas extras no segundo trecho da viagem.
Os deputados têm direito a oito passagens por mês em voos dentro do país, além das passagens para viagens internacionais debitadas da cota parlamentar ou reembolsadas. A Câmara dos Deputados não especificou os critérios para o uso de passagens executivas ou de primeira classe, mesmo com a portaria que regulamenta os gastos não abordando o assunto.
As companhias aéreas oferecem diversas regalias na classe executiva, como espaços mais amplos, kits de higiene e refeições refinadas. Há também mimos como pijamas confortáveis e seleções luxuosas de queijos e vinhos. Deputados como Jonas Donizette (PSB) têm sido vistos viajando em classe executiva ou primeira classe em viagens internacionais para participar de eventos como conferências e feiras no exterior.
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