No Poder Judiciário baiano, investigações apontaram para a existência de uma organização criminosa envolvendo desembargadores, juízes, advogados e servidores. A Polícia Federal deflagrou a Operação Faroeste em novembro de 2019.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a organização criminosa funcionava com três núcleos: Econômico, Jurídico e Causídico. Durante as investigações foram encontradas evidências de trocas de ligações, contatos suspeitos e movimentações financeiras milionárias sem origem declarada.
O esquema envolveu a atuação ilícita de Adailton Maturino, que teria transformado José Valter Dias de borracheiro a milionário através da aquisição de terras na região oeste da Bahia.
Desembargadores e juízes, incluindo Maria do Socorro Barreto Santiago e Gesivaldo Nascimento Britto, foram acusados. Alguns foram aposentados compulsoriamente antes de sofrerem condenações criminais.
A situação dos acusados segue em andamento, com a ação penal tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e medidas disciplinares sendo aplicadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Tribunal de Justiça da Bahia.
As aposentadorias dos desembargadores envolvidos têm impacto direto nas ações penais, uma vez que perdem o foro privilegiado. Os pagamentos salariais continuam sendo feitos, mesmo após as sanções disciplinares.
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