Mamadou Gaye, ex-cônsul honorário da França na Bahia, está buscando uma indenização de R$ 40 mil na Justiça por danos morais decorrentes de um episódio de injúria racial, assédio moral e calúnia.
O ex-cônsul, que também foi diretor da Aliança Francesa de Salvador entre 2017 e 2021, entrou com uma ação no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contra o francês Fabien Liquori após insultos proferidos contra ele.
Liquori procurou Gaye para resolver questões administrativas, porém, ao não ter seus pedidos atendidos, passou a difamá-lo por e-mail, chamando-o de “tirano africano” e acusando-o de roubar informações dos cidadãos franceses para benefício próprio.
Os e-mails com as ofensas foram enviados para instâncias institucionais não apenas na Bahia, mas em outros estados e até mesmo em outros países, como o consulado da França em Recife e a Academia de Letras da Bahia.
Em primeira instância, a juíza Daiany de Almeida Jesus reconheceu as ofensas e determinou que Liquori pagasse R$ 3 mil por danos morais. Insatisfeito com o valor, o ex-cônsul recorreu pedindo R$ 40 mil e uma retratação pública, mas teve seu pedido negado pela Primeira Turma Recursal do TJ-BA.
Apesar disso, a ação continua em tramitação na 8ª Vara. Mamadou Gaye ressaltou que o racismo é inaceitável e que a retratação precisa ser pública, defendendo que esse tipo de situação não pode ser minimizada pela justiça.
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