A audiência pública convocada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em decorrência do caso envolvendo a cantora Claudia Leitte e a polêmica retirada do nome de Yemanjá da música ‘Caranguejo’, irá abordar medidas de proteção às religiões de matriz africana e debater o racismo nesse contexto.
O evento, organizado pelo MP-BA através da Promotoria de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa e do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac), será realizado em 27 de janeiro, às 14h, com participação de mais de 10 representantes de diversas entidades e secretarias.
A audiência visa subsidiar a atuação do MP-BA em um inquérito civil que investiga a possível responsabilidade de Claudia Leitte por danos morais às religiões de matriz africana, devido à mudança na música e a substituição do termo “Yemanjá” por “Yeshua”.
A mobilização só foi possível após denúncia feita pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Idafro. Em entrevista ao Bahia Notícias em dezembro de 2024, o advogado Hédio Silva Júnior afirmou que levaria o caso adiante, visando garantir a proteção dos sentimentos religiosos afro-brasileiros.
Além das medidas de proteção às religiões de matriz africana, a audiência discutirá os impactos de práticas e discursos que possam violar o patrimônio cultural ligado às religiões afro-brasileiras, promovendo conscientização e valorização desse legado.
Claudia Leitte tem até o dia 29 de janeiro para se posicionar sobre o assunto, com o MP-BA também planejando ouvir os compositores da música “Caranguejo”.
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