Inflação dos alimentos assombra Lula desde 2023 e opções são limitadas

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A preocupação com a inflação dos alimentos tem dominado as discussões no governo federal. O aumento dos preços, que impacta diretamente a vida dos brasileiros, tem sido apontado como um dos desafios do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, as opções disponíveis para lidar com essa situação são restritas.

Após uma reunião com o presidente Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou as possíveis ações que o governo pretende adotar para conter a inflação. Entre elas, está a redução do imposto de importação de alimentos, se necessário, e a recusa de medidas controversas, como o tabelamento de preços.

A estratégia principal do governo está centrada na expectativa de uma “supersafra” para o atual ano. De acordo com o ministro Rui Costa, a previsão otimista é de que a maior oferta resulte em preços mais baixos, seguindo a lógica de mercado.

Embora a questão dos alimentos tenha ganhado destaque recentemente, as preocupações sobre esse tema não são novas. A redução dos preços dos alimentos foi uma promessa de campanha de Lula em 2022 e já em 2023, no início de seu mandato, o governo já demonstrava atenção especial a esse assunto, com reuniões frequentes para discuti-lo.

Uma das iniciativas adotadas foi a ampliação do Plano Safra, que disponibilizou montantes significativos em crédito rural. Além disso, houve apoio à agricultura familiar, com acesso a crédito e programas de apoio à produção de alimentos básicos.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também desempenhou um papel importante nesse contexto ao retomar a formação de estoques públicos de alimentos, buscando estabilizar os preços. No entanto, fatores como condições climáticas adversas, aumento dos custos de produção e de materiais para embalagens, bem como a elevação dos preços de energia e combustíveis, contribuíram para o agravamento da situação.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE, revelam que em 2024 a inflação acumulada atingiu 4,83%, com forte impacto do grupo Alimentação e Bebidas.

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