PADRÕES ALIMENTARES QUE PODEM AFETAR A SAÚDE DO ESTÔMAGO
Um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP), com apoio da FAPESP, revelou que o consumo excessivo de açúcar adicionado e sal representa um risco significativo para o desenvolvimento do câncer de estômago. A pesquisa analisou os hábitos alimentares e constatou que dietas ricas nesses componentes estão diretamente relacionadas ao aumento da incidência da doença.
A ingestão desproporcional de açúcar adicionado, presente em produtos ultraprocessados, pode desencadear processos inflamatórios no organismo, enfraquecendo as defesas naturais do estômago e aumentando a probabilidade de lesões que podem evoluir para o câncer gástrico. Por outro lado, o excesso de sal, comumente encontrado em alimentos industrializados, contribui para o estresse oxidativo e lesões na mucosa estomacal.
Além disso, a pesquisa salienta que esses padrões alimentares nocivos são agravados por outros fatores de risco, como tabagismo e consumo de álcool. Em contrapartida, uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e fibras, oferece proteção ao estômago devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias desses alimentos.
IMPACTO E NECESSIDADE DE MUDANÇA NOS HÁBITOS ALIMENTARES
A pesquisa enfatiza a importância de adotar padrões alimentares saudáveis como medida preventiva contra o câncer gástrico. Enquanto dietas caracterizadas por elevado consumo de carnes processadas, refrigerantes açucarados e fast food são classificadas como não saudáveis, aquelas que priorizam vegetais, frutas e baixo teor de sódio oferecem proteção contra a doença.
O estudo, realizado com uma amostra diversificada de mais de 1.700 participantes de diferentes regiões do Brasil, destaca a urgência de implementar ações específicas para combater o câncer gástrico, especialmente onde há maiores índices de incidência, como em Belém.
Adicionalmente, o documento evidencia a alta mortalidade causada pelo câncer de estômago no Brasil, evidenciando a relevância de compreender os fatores de risco associados, como os padrões alimentares.
Diante desse contexto, pequenas mudanças na alimentação, como a redução do consumo de sal e a conscientização sobre os riscos de uma ingestão elevada de sódio, são fundamentais para proteger a saúde gástrica e reduzir a incidência da doença.
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