O zagueiro Léo, ex-jogador do Bahia e atualmente no Athletico, foi vítima de racismo durante o clássico contra o Coritiba, disputado no Couto Pereira no último sábado (20) durante o Athletiba, pela quinta rodada do Campeonato Paranaense. Um vídeo publicado nas redes sociais registrou um torcedor do Coritiba insultando o atleta com falas racistas após sua expulsão no primeiro tempo.
No vídeo, o homem é ouvido dizendo: “Macaco não se cria no Couto Pereira. Vai embora, Léo Pelé, seu preto, macaco do caralho. Olha para cá, seu macaco”.
Após o incidente, Léo e um segurança do Athletico foram até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), que está instalada no estádio, para registrar um boletim de ocorrência, porém não encontraram ninguém no local. O registro será efetuado na segunda-feira (22).
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, responsável pelo Demafe, informou ao ge que o caso será investigado e que medidas serão tomadas para identificar o autor das ofensas.
Clubes e instituições se manifestam
Em nota, o Athletico repudiou veementemente o ato racista e assegurou que está adotando as medidas necessárias.
“O clube informa que está tomando todas as providências cabíveis para que os responsáveis sejam identificados e punidos na forma da lei. A prática de injúria racial é crime, equiparada ao racismo. A Lei Geral do Esporte também prevê punições severas para atos discriminatórios no ambiente esportivo, podendo resultar em sanções administrativas e até no banimento dos envolvidos.
O Athletico segue prestando total apoio ao atleta Léo. O compromisso do Athletico na luta contra o racismo é inegociável, e o futebol deve ser um espaço de respeito, diversidade e inclusão”, diz a nota do CAP.
“O racismo jamais deve fazer parte do futebol. O que aconteceu com o atleta Léo é e sempre será inaceitável. Lamentável que tenha ocorrido em nosso estádio. Tomaremos todas as medidas que estiverem ao nosso alcance para identificar o agressor e continuaremos trabalhando para que isso jamais se repita”, escreveu o Coritiba, também em comunicado.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) também condenou veementemente o ato racista, classificando-o como criminoso e ressaltando a necessidade de punição aos responsáveis.
O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), recorreu às redes sociais para reforçar a importância da investigação e responsabilização do autor das ofensas.
“Vamos aguardar a polícia identificar quem fez isso e cobrar punição”.
No gramado, o jogo entre Coritiba e Athletico terminou em empate por 0 a 0 no Couto Pereira.
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