O Poder das Tarifas
A campanha presidencial nos Estados Unidos revelou visões econômicas divergentes entre os candidatos. Kamala Harris defendia a continuidade da política democrata de cooperação econômica com a China, enquanto Donald Trump propunha uma abordagem protecionista, com foco em impor taxas a nações com déficits comerciais. Após sua eleição, Trump colocou em prática suas promessas de campanha.
Durante seu mandato, Trump iniciou uma intensa guerra comercial com a China, argumentando que o apoio do governo democrata às empresas chinesas prejudicava a competitividade americana. No entanto, tais medidas mostraram-se pouco eficazes em um cenário global interligado, onde a produção depende da cooperação internacional.
O presidente norte-americano defendia a autossuficiência dos Estados Unidos, baseando-se na ideia de que o país, rico em recursos e extensão territorial, deveria ser independente de outras nações para prosperar.
Mesmo aliados como México e Canadá não escaparam das tarifas impostas por Trump, com taxações de 25% em produtos a partir de fevereiro. A China, principal adversária, também sofreu com taxas de 10%, embora Trump tenha conscientemente poupado alguns setores devido à interdependência econômica.
Em um gesto de firmeza, Trump sinalizou que outras nações, incluindo a União Europeia, Brasil e Índia, também serão alvo de tarifas. Sua mensagem é clara: há uma nova postura na política econômica internacional.
No contexto de uma ordem mundial multipolar, a imposição de tarifas reflete a busca pelo equilíbrio de poder, porém, pode resultar em consequências inesperadas. Resta saber se a política agressiva de Trump cumprirá sua promessa de tornar a América “grande novamente”.
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