Durante sua participação no programa “Roda Viva” da TV Cultura, Camila Pitanga, que atualmente está no ar em “Beleza Fatal” (Max), compartilhou sobre os desafios de dar vida à vilã Lola. A atriz se inspirou em uma personagem de um documentário de Gabriel Mascaro, “Um Lugar ao Sol” (2009), retratando pessoas ricas em coberturas em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro.
Ao assistir o documentário, Camila se deparou com uma personagem que admirava tiros de fuzil, algo que para muitos seria absurdo, mas que para ela era natural. Essa cena serviu de chave para compreender a complexidade de Lola. Inicialmente, Pitanga confessou ter dificuldade em aceitar e compreender a personagem, mas com o tempo percebeu que Lola é uma mulher marcada por violências e que expressa uma estética de ataque, ironia e despudor, características irresistíveis em uma novela.
A atriz também abordou a representatividade das atrizes negras em papéis de destaque, destacando que atualmente existem três grandes atrizes protagonizando novelas e ela é a quarta nesse cenário. Para Camila, essa realidade não é mais uma exceção, mas sim uma conquista.
Ao mencionar Angela Davis, Pitanga ressaltou que a luta pela representatividade sempre foi um desafio e que atualmente estão vivendo um novo capítulo nesse confronto, onde a presença e a voz das atrizes negras ganham mais relevância e espaço na mídia.
A interpretação de Camila Pitanga como Lola em “Beleza Fatal” revela não apenas a complexidade de sua personagem, mas também a importância de dar voz e destaque a atrizes negras em papéis significativos.
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