Mãe de jovem preso injustamente quer justiça: “Psicológico destruído”
A aposentada Jane Santana, de 60 anos, está vivendo um verdadeiro pesadelo. Seu filho, Gustavo Lopes, de 20 anos, foi detido equivocadamente por questões relacionadas a pensão alimentícia, mesmo sem ter filhos. A família está enfrentando um abalo psicológico inimaginável devido a esse episódio.
O que aconteceu
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Gustavo Lopes, 20 anos, foi preso em 28 de janeiro em sua residência, em Taguatinga, por uma suposta dívida de pensão alimentícia.
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Mesmo comprovando que não é pai e questionando a razão da prisão, Gustavo foi encarcerado indevidamente.
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Detido sozinho em casa, sem aviso prévio à família, Gustavo viveu momentos de angústia.
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A família, representada pela mãe Jane Santana, contratou um advogado que identificou que o processo teve início em São Paulo, mas o mandado de prisão veio de Minas Gerais, o que gerou uma grande confusão ainda não plenamente esclarecida.
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Após uma audiência de custódia no dia seguinte, Gustavo foi libertado, mas somente após longas horas aguardando o alvará de soltura.
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Agora, a família busca não só respostas, mas também pretende buscar compensação por danos emocionais sofridos.
Jane relata que estava ausente quando seu filho foi preso, recebendo a notícia de forma inesperada. O abalo emocional foi intenso, e a situação demandou recursos financeiros que ela teve que buscar, incluindo um empréstimo bancário.
“Estamos com o psicológico destruído, não há preço que repare isso”, lamenta Jane. “Tenho certeza que foi Deus quem me tirou de casa naquela tarde. Eu não iria aguentar ver meu filho sendo preso. Fiquei muito triste, muito abalada, me desesperei. Foi muito difícil.”
Além do constrangimento e do impacto emocional, a família visa encontrar respostas e justiça diante do acontecido. A batalha não se encerra com a liberdade do jovem, pois a busca por reparação é a próxima etapa.

Gustavo Lopes foi preso pelo não pagamento de pensão alimentícia mesmo sem ter filhos.
“Dividi cela com 22 detentos”
Gustavo compartilha o impacto de sua experiência, tendo passado aproximadamente 30 horas detido em condições desumanas. A injustiça que viveu é inexplicável e desoladora.
“É muito ruim ser preso sem ter feito nada. Não tinha por que eu estar lá.”
Vendedor de acessórios para celular em Taguatinga, Gustavo descreve o momento da prisão e as horas que se seguiram, ressaltando a falta de sentido de sua detenção.
Faltam explicações
O processo que levou à prisão injusta de Gustavo teve início em São Paulo, em 2017, quando ele tinha apenas 12 anos. A decisão de prendê-lo, no entanto, partiu de Minas Gerais, sem motivos claros. Um erro grave que está sendo investigado pela defesa e pelas autoridades.
A saga judicial que culminou na detenção de Gustavo é repleta de inconsistências. O advogado da família suspeita de fraude ou equívoco, indicando que o sistema pode ter sido manipulado de forma indevida.
Enquanto buscam por respostas e por justiça, a família enfrenta um desafio desconcertante, lutando não apenas pela verdade, mas por reparação diante de um episódio tão traumático e injusto.

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