Homem de 22 anos descobre ter alergia aos próprios orgasmos

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Um jovem de 22 anos fez uma descoberta surpreendente: ele é alérgico aos próprios orgasmos. Após experienciar crises de espirros, olhos lacrimejantes, cólicas estomacais, dores musculares e fadiga intensa após o clímax sexual, o rapaz recebeu o diagnóstico de síndrome da doença pós-orgástica (POIS).

Essa condição rara, que afeta menos de 500 pessoas em todo o mundo, é mais comum em homens, embora também tenha sido relatada em mulheres. Os sintomas, assemelhados aos da gripe, podem durar segundos, minutos ou horas após o orgasmo, variando de pessoa para pessoa.

O paciente, que começou a notar os sintomas aos 14 anos, viu sua situação se agravar ao longo do tempo. Seus problemas alérgicos se desencadeavam não apenas após a masturbação ou o sexo, mas até mesmo em sonhos eróticos, levando-o a ficar debilitado por até três dias e prejudicando suas relações interpessoais.

Após várias tentativas de diagnóstico frustradas, que incluíram tratamentos para depressão e TDAH, o jovem finalmente descobriu a origem de seus sintomas ao ler sobre a alergia ao sêmen. Exames mais detalhados revelaram que sua reação não era exatamente uma alergia às proteínas do sêmen, mas sim uma resposta dos mastócitos, células imunológicas, desencadeada pela chegada de substâncias estranhas, como as presentes no próprio sêmen.

Arte feita para representar dor nas partes íntimas de homem - Metrópoles
Alergia rara que acomete o homem é uma condição pouca conhecida entre os médicos

O tratamento do paciente envolveu uma combinação de medicamentos, incluindo anti-histamínicos, anti-inflamatórios e esteróides, que aliviaram parte dos sintomas. No entanto, a solução veio com o omalizumabe, medicamento utilizado normalmente para asma grave, que finalmente permitiu que o jovem pudesse retomar uma vida sexual ativa sem desencadear as reações alérgicas após o orgasmo.

“Omalizumab pode ser considerado para o tratamento de POIS em pacientes com sintomas semelhantes a alergias e que não podem ser controlados com outros medicamentos, mesmo na ausência de um teste cutâneo positivo para sêmen,” escreveram os pesquisadores israelenses no relato de caso.

Portanto, a descoberta dessa condição, embora rara, é um lembrete do quão complexo e único o corpo humano pode ser, e da importância de um diagnóstico preciso para garantir a qualidade de vida e bem-estar dos pacientes afetados.

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