O Vasco da Gama entrou com um pedido de recuperação judicial na segunda-feira (24) para reestruturar sua dívida, que ultrapassa a marca dos R$ 1 bilhão. Essa iniciativa ocorre em um momento desafiador para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, que está sem um controlador desde que a 777 Partners foi afastada pela Justiça.
Com o intuito de conduzir o processo de reestruturação financeira, o Vasco contratou o escritório Alvarez & Marsal. A diretoria considera essa medida fundamental para estabilizar as finanças da instituição.
A recuperação judicial coincide com as negociações em andamento para a venda da SAF do Vasco. A prioridade é assegurar o pagamento pontual dos salários e demais despesas, além de manter os planos de investimento.
Através de um comunicado ao Painel S.A., o Vasco reafirmou o compromisso de se reerguer financeiramente. “Decisões difíceis, ainda que dolorosas e impopulares, não abalam a certeza e a determinação da administração atual em enfrentar este desafio com firmeza e responsabilidade. Enfrentar a realidade é essencial para evitar repetir os erros do passado”, destacou a nota.
CRISE NA SAF:
Desde que se tornou uma SAF em setembro de 2022, o Vasco enfrenta uma crise financeira agravada. Apesar da melhoria nos resultados em campo em 2024, a situação administrativa se deteriorou, levando a conflitos com a 777 Partners, grupo controlador da SAF.
A diretoria acusa a empresa de descumprimento contratual, alegando que os aportes financeiros acordados não foram realizados no prazo estabelecido, prejudicando a estabilidade do clube.
Além dos problemas no Vasco, a 777 Partners também enfrenta desafios no exterior. Em maio de 2023, a Bloomberg noticiou que a empresa estaria envolvida em um litígio por um empréstimo de US$ 350 milhões, supostamente garantido com fundos inexistentes, de acordo com a denúncia.
O pedido de recuperação judicial do Vasco agora aguarda análise judicial para ser avaliado em detalhes.
Comentários Facebook