O procurador-geral de Justiça de São Paulo cobra uma maior fiscalização para coibir a lavagem de dinheiro através das fintechs utilizadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Esse alerta vem à tona durante a divulgação dos resultados da Operação Hydra, que investiga o uso dessas empresas virtuais para movimentar recursos ilícitos provenientes de atividades criminosas. Segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, algumas das cerca de 1.500 fintechs presentes no Brasil são utilizadas por organizações criminosas, representando um risco de enfraquecimento da fiscalização devido à facilidade de abertura de contas sem a devida comunicação aos órgãos reguladores.
Na Operação Hydra, o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador da fintech 2GO Bank, foi preso como parte das investigações que têm como base a delação de Vinicius Gritzbach, que revelou esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao PCC. A desarticulação desse esquema complexo de branqueamento de capitais ilícitos é um dos objetivos da investigação realizada em conjunto pelo Ministério Público de São Paulo e Polícia Federal.
As fintechs 2GO Bank e Invbank são o foco da ação, que visa combater a movimentação de valores ilegais por meio de estruturas financeiras sofisticadas. A operação resultou na prisão preventiva de Cyllas Elia e em operações de busca e apreensão em endereços em São Paulo, Santo André e São Bernardo.

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