Casos de feminicídio, assédio e importunação sexual preocupam a SSP-DF

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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) está alarmada com o aumento significativo no registro de crimes contra as mulheres. Durante a divulgação do balanço da criminalidade na capital federal ao longo da última década, os dados relacionados ao feminicídio, violência doméstica, estupro, assédio sexual e importunação sexual acenderam um sinal de alerta.

Entre 2015 e 2024, houve um aumento de 229% nos casos de feminicídio. Já entre 2023 e 2024, foi registrada uma queda de 26%. No entanto, ao analisar a série histórica, observa-se variações nos números. Por exemplo, o DF contabilizou 16, 26, 20, 31 e 23 casos nos anos de 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024, respectivamente. Idealmente, especialistas apontam para a necessidade de uma redução contínua, o que não foi alcançado.

O estudo também revelou um aumento nos casos de estupro (43%), violência doméstica (51%), assédio sexual (237%) e importunação sexual (1.507%). Segundo o secretário de Segurança, Sandro Avelar, a proteção das mulheres requer a união de toda a sociedade.

“No caso do feminicídio, há infelizmente uma questão cultural enraizada no Brasil. Existia até um ditado popular que dizia: ‘em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher’. Era comum recebermos reclamações de vizinhos sobre barulho alto, mas esses mesmos vizinhos ouviam os gritos de mulheres sendo agredidas e não chamavam a polícia, pois entendiam que era uma questão interna daquela família. Precisamos desse cenário mudando. Amigos, familiares precisam denunciar para que as devidas providências sejam tomadas”, comentou o chefe da SSP no DF.

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