João Henrique Martins, atual chefe do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), foi nomeado pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL). Martins é um ex-policial militar que se tornou cientista político e já atuou como consultor em um documentário da produtora conservadora Brasil Paralelo.
Alvo de questionamentos, dois contratos sob sua supervisão totalizam R$ 6,7 milhões em contratações para obras na unidade da Polícia Militar de Sorocaba, reduto eleitoral de Derrite. A empresa contratada não opera no endereço registrado e recebeu um atestado de capacidade técnica emitido pela empresa do irmão da única sócia, que também é listado como engenheiro responsável pela licitante.
Em resposta às críticas, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou que os processos licitatórios foram realizados de acordo com a legislação vigente. Martins, que acumula passagens pela polícia militar, docência e coordenação do Observatório de Mercados Ilícitos da Fiesp, assumiu o comando do CICC em 2023, por indicação de Derrite.
Em meio aos contratos controversos, vale ressaltar que o CICC obteve um aumento considerável em seu orçamento, ultrapassando os gastos de outros setores importantes. O órgão, criado em 2014 para coordenar operações integradas, teve sua gestão inativa e posteriormente transferida para a alçada do secretário, visando maior eficiência.
O governo defende a atuação do CICC, destacando que as atividades foram retomadas em conformidade com a legislação estadual e enfatizando a administração das obras e investimentos destinados às forças policiais. Os processos licitatórios envolvidos foram conduzidos de acordo com a legislação em vigor, com análise dos órgãos de controle externo e acompanhamento contínuo da execução das obras.
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