O coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, enviou sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) referente a uma investigação sobre suposta tentativa de golpe. Contrariando a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), sua defesa nega qualquer monitoramento ilegal ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e solicita o impedimento do relator, alegando que ele está diretamente envolvido nos acontecimentos.
Na denúncia da PGR, Câmara é apontado como parte do núcleo de inteligência da suposta trama golpista. Seus advogados afirmam que o acompanhamento a Moraes foi realizado por meio de “fontes abertas”, como o Google, e não configurou monitoramento ilegal.
“Agora, com devido respeito, não se pode estar em lados opostos?! Desta forma, ou o relator se considera vítima ou é preciso abandonar essa incoerência no uso do termo ‘monitoramento’, reconhecendo que o correto é ‘acompanhamento por fontes abertas/Google'”, destaca a defesa.
Defesas
- Câmara, um dos 34 denunciados pela PGR, apresentou defesa no prazo estipulado, em 19 de fevereiro.
- Outros que já se manifestaram são: coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, general Cleverson Magalhães, presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha, e Marcelo Câmara.
- Bolsonaro também tem prazo até esta quinta-feira para responder à denúncia da PGR.
Além disso, na defesa de Câmara, é solicitado o impedimento de Moraes para julgar o caso, o qual já foi negado pelo plenário do STF. A defesa ressalta a falta de imparcialidade do relator para presidir e julgar o processo.
Os advogados de Câmara mantêm a posição de que a defesa foi cerceada durante o processo.
“Para não prejudicar a defesa, reitera-se o pedido para a extração completa, por um perito indicado pela defesa, dos elementos originais das mídias e gravações eletrônicas obtidas durante a investigação”, declarou a defesa.
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