No último sábado, 8 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao indicar a renomada advogada Verônica Abdalla Sterman para o cargo de ministra do Superior Tribunal Militar (STM). A nomeação foi oficializada em uma edição extra do Diário Oficial da União, em uma ação simbólica realizada durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher.
A confirmação da advogada para a posição, porém, depende da aprovação do Senado mediante sabatina. Verônica Abdalla Sterman está sendo selecionada para ocupar uma cadeira destinada à advocacia, que ficará vaga a partir de abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.
A escolha do presidente é uma decisão livre, desde que os critérios estabelecidos sejam atendidos, como a idade mínima de 35 anos e notório conhecimento jurídico.
Embora tenha liberdade de escolha, Lula estava sendo pressionado a nomear uma mulher para a posição. Publicamente, a ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do STM em breve, fez um apelo nesse sentido ao presidente.
“Estou aqui pedindo ao presidente para que eu tenha uma colega que possa, juntamente comigo, defender as questões de gênero. Muitas vezes, por ser a única mulher na Corte, minha voz tem pouco alcance. No entanto, não abro mão da diversidade”, afirmou a ministra em uma entrevista à CNN Brasil no início de março.
Caso sua nomeação seja confirmada pelo Senado, Verônica Abdalla Sterman se tornará a segunda mulher a ocupar o cargo de ministra no STM. A primeira mulher a ser indicada ao Tribunal desde sua criação em 1808 foi Maria Elizabeth Rocha, também nomeada por Lula, em 2007, para uma vaga destinada à advocacia.
A escolha de Verônica Sterman contou com o apoio da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, e da nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A advogada já representou Gleisi e seu ex-marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, em processos relacionados à Operação Lava Jato.
Vale ressaltar que em agosto do ano anterior, Verônica Sterman foi preterida por Lula em uma nomeação para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em favor de Marcos Moreira, apadrinhado de Luiz Marinho, ministro do Trabalho na época.
Ao longo de seu mandato, Lula tem sido criticado por priorizar a indicação de homens para os tribunais superiores. Em seu terceiro mandato, por exemplo, escolheu Cristiano Zanin e Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
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