O Palmeiras deu um prazo de uma semana para que o Cerro Porteño, do Paraguai, possa contestar as acusações de racismo feitas após o jogo entre as duas equipes pela Copa Libertadores Sub-20. O incidente ocorreu na última quinta-feira (6) e a Conmebol informou à AFP que o caso está sendo tratado pela unidade disciplinar da entidade.
No jogo realizado no estádio Gunther Vogel, em Assunção, o Palmeiras saiu vitorioso por 3 a 0, porém, jogadores da equipe brasileira foram alvo de ofensas racistas. O atacante Luighi se emocionou durante a entrevista pós-jogo ao relatar o ocorrido, uma cena que gerou indignação, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente da Fifa, Gianni Infantino.
A Conmebol emitiu um comunicado após o episódio, repudiando enfaticamente qualquer ato de racismo ou discriminação. Medidas disciplinares serão tomadas e a diretoria do San Lorenzo também se manifestou contra o incidente. O Palmeiras inclusive solicitou a exclusão do clube paraguaio da competição em decorrência do ocorrido.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, declarou: “Vamos garantir que o Cerro Porteño, os racistas, os criminosos sejam punidos de maneira exemplar. Solicitaremos a exclusão do Cerro Porteño da competição”. O Cerro Porteño, um dos maiores clubes do Paraguai, terá que identificar os responsáveis pelas ofensas racistas e se comprometer a realizar campanhas contra o racismo em todos os seus jogos futuros, conforme exigido pelo regulamento.
Por ser reincidente, o Cerro Porteño pode receber uma multa de até US$ 400 mil (R$ 2,3 milhões na cotação atual) pela Conmebol. Em julho de 2022, o clube já havia sido multado em US$ 100 mil (R$ 576 mil) por uma denúncia feita pelo Palmeiras após um jogo de Libertadores disputado um mês antes em Assunção.

*Com informações da AFP
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