A decisão de Lula de manter José Guimarães como líder do governo na Câmara, em vez de nomear um deputado do Centrão, aumenta os desafios para Gleisi Hoffmann, nova ministra da articulação política.
Para os caciques do Centrão, que defendiam nos bastidores a nomeação de Isnaldo Bulhões, aliado de Hugo Motta, presidente da Câmara, a situação se apresenta mais complexa.
Para alguns líderes da Câmara, Isnaldo seria o parceiro ideal para Gleisi, devido a sua capacidade de se adaptar estrategicamente, algo que complementaria o estilo assertivo da ministra.
Enquanto Gleisi é descrita como política determinada e direta, Isnaldo teria habilidade para agir estrategicamente nos momentos oportunos, formando assim uma parceria eficaz.
Na visão do Centrão, Guimarães, apesar de respeitado, poderia ter dificuldades em contrariar Gleisi, por pertencer ao mesmo grupo político da ministra e não ter a proximidade com Hugo Motta que Isnaldo possui.
PT mantém posição
Esperava-se que Guimarães deixasse a liderança do governo para assumir interinamente a presidência do PT no lugar de Gleisi, até as eleições do partido em junho. No entanto, a legenda escolheu o senador Humberto Costa para a presidência temporária, preservando assim Guimarães como líder de Lula na Câmara.
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