Após intenso bombardeio realizado por Israel sobre o território palestino, o governo de Gaza divulgou um comunicado por sua assessoria de imprensa, alertando que “várias vítimas ainda estão presas nos escombros e equipes de resgate estão em ação para salvá-las”.
“Há dezenas de corpos que ainda não foram removidos para os hospitais”, afirmou Zaher al Waheidi, diretor da unidade do Ministério da Saúde de Gaza responsável pela contagem de mortos, à agência de notícias EFE. Até o momento, pelo menos 404 pessoas foram reportadas como falecidas pelo Ministério da Saúde de Gaza, além de 562 feridos.
Segundo o governo local, a dificuldade de transporte de corpos para os hospitais deve-se à dramática situação humanitária no local, aliada à escassez de combustível em toda a região, agravada desde que Israel bloqueou completamente o acesso à ajuda no início deste mês.
Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza após quase dois meses de cessar-fogo, sob a justificativa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de “medidas firmes contra a organização terrorista Hamas”, alegando a não devolução de 59 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023 e ainda mantidas em território palestino.
Maioria de Vítimas Mulheres e Crianças
Conforme relatado pelo governo de Gaza, a maioria dos falecidos eram mulheres e crianças. Antes do início do cessar-fogo em 19 de janeiro, as Nações Unidas estimaram que aproximadamente 70% das vítimas na região eram mulheres e crianças.
O governo local recordou que tais “massacres brutais” ocorrem em um contexto de bloqueio e fechamento total das fronteiras, descrevendo a ação israelense como uma agressão vergonhosa à humanidade.
“Reafirmamos que nosso povo continuará a trabalhar, empregando todos os meios legais, políticos e diplomáticos para denunciar os crimes da ocupação e encerrar essa brutal agressão que envergonha a humanidade”, acrescentou o comunicado.
O gabinete de Netanyahu anunciou que o Exército de Israel atacava alvos do Hamas em Gaza com o objetivo de atingir as metas determinadas pela liderança política, incluindo a libertação de todos os reféns, vivos ou mortos.
Israel declarou que a ação militar contra o Hamas será intensificada, conforme aprovado em plano operacional apresentado pelo Exército e a cúpula política, em resposta à não devolução dos sequestrados.
Os ataques começaram após o anúncio de Netanyahu sobre uma delegação israelense que viajaria ao Cairo para dar continuidade às negociações de cessar-fogo com o Hamas.
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