O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025. O texto define as receitas e despesas do governo federal para o ano e prevê um superávit de R$ 15 bilhões, acima dos R$ 3,7 bilhões inicialmente previstos. O relator da proposta, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), explicou que esse aumento decorre do ajuste da inflação aplicado ao teto de gastos.
No entanto, o saldo positivo só foi possível porque R$ 44 bilhões destinados ao pagamento de precatórios foram excluídos do cálculo do teto, conforme autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de 2027, todas as despesas com precatórios serão consideradas na meta fiscal.
Principais previsões orçamentárias:
- R$ 3,6 bilhões para o Vale-Gás;
- R$ 1 bilhão para o programa educacional Pé-de-Meia, com possibilidade de remanejamento para garantir R$ 12 bilhões ao longo do ano;
- R$ 4,2 bilhões para o Farmácia Popular e outros R$ 4,2 bilhões para bolsas da Capes;
- R$ 160 bilhões para o Bolsa Família, após um corte de R$ 7,8 bilhões;
- R$ 60 bilhões para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento);
- R$ 50,3 bilhões destinados a emendas parlamentares.
No plenário, houve redirecionamento de verbas do Minha Casa, Minha Vida e ampliação da margem de remanejamento de recursos pelo governo. Agora, o Executivo pode realocar até R$ 30 bilhões sem necessidade de nova autorização do Congresso.
A votação transcorreu rapidamente, com rejeição de todos os destaques e aprovação final por acordo entre os líderes partidários. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da sessão, elogiou a articulação política que viabilizou a aprovação do orçamento.
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