Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Guilherme Derrite (PL), secretário de Segurança Pública, fez críticas contundentes ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por suas declarações controversas. Em sessão solene em homenagem a agentes de segurança eleitos para cargos políticos, Derrite repudiou a afirmação de Lewandowski de que “a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”.
Derrite classificou a fala do ministro como “absurda”, destacando que a responsabilidade não pode ser atribuída à polícia pela suposta má qualidade das prisões, como insinuado por Lewandowski. Este último, durante uma reunião em Brasília com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), defendeu a PEC da Segurança Pública, gerando críticas do secretário paulista. Além disso, Derrite mencionou a idade avançada do ministro, 76 anos, e criticou indiretamente a escolha de Lula em indicá-lo para o cargo no governo federal.
O secretário afirmou: “O ministro é uma pessoa idosa, a quem eu respeito muito…apesar das bobagens que profere, a culpa não é dele. A responsabilidade é de quem o selecionou para essa função, pois não compreende o que deve ser feito no combate ao crime, especialmente ao crime organizado no Brasil”.
Derrite, que é filiado ao PL, recentemente organizou um evento da Fundação Milton Campos, vinculada ao Partido Progressista (PP), para discutir questões de segurança pública. Há especulações nos corredores da política estadual sobre a possível filiação de Derrite ao Progressistas em um futuro próximo. Ele já foi membro do PP entre 2018 e 2022 e posteriormente se filiou ao PL para concorrer à Câmara dos Deputados, onde foi eleito e atualmente atua licenciado para trabalhar no governo de São Paulo.
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