A Casa Branca confirmou que membros de alto escalão do governo Trump expuseram inadvertidamente um jornalista a planos militares sigilosos dos EUA. O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, relatou que foi incluído por engano em um grupo de mensagens onde eram discutidos ataques planejados contra os rebeldes houthis no Iêmen.
Inicialmente cético da autenticidade das mensagens e surpreso ao ver nomes como o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário de Defesa Pete Hegseth e o vice-presidente JD Vance no grupo, Goldberg só se convenceu da veracidade das informações quando os ataques efetivamente aconteceram, confirmados pelos diálogos trocados no grupo.
Em um trecho da reportagem, Goldberg expressa sua incredulidade: “Eu tinha fortes dúvidas de que esse grupo de texto fosse real, porque não podia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos se comunicaria pelo Signal sobre planos de guerra iminentes”.
O canal escolhido para compartilhar tais informações sensíveis foi considerado impróprio, colocando em xeque a segurança nacional. Após tomar conhecimento dos detalhes da operação, Goldberg se retirou do grupo Signal, onde as mensagens eram compartilhadas.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional confirmou a autenticidade das mensagens e destacou que a inclusão indevida do jornalista está sendo investigada. As mensagens não foram divulgadas para evitar riscos à segurança nacional.
O uso do aplicativo Signal para temas delicados foi questionado, uma vez que a Casa Branca dispõe de canais específicos para lidar com informações sigilosas. As ações dos envolvidos podem ter infringido leis como a Lei de Espionagem de 1917, suscitando críticas da oposição democrata.
A senadora Elizabeth Warren classificou o incidente como “flagrantemente ilegal e perigoso”, levantando questionamentos sobre potenciais brechas de segurança. A revelação gerou um chamado à ação por parte da oposição, destacando a necessidade de investigação imediata para apurar os fatos.
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