Socialite Regina Lemos Gonçalves nega ter pago R$ 199 mil a ex-caseiro

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A tumultuada história envolvendo a socialite Regina Lemos Gonçalves, que foi mantida em cárcere privado em um apartamento no edifício Chopin, em Copacabana, Rio de Janeiro, teve mais um capítulo revelado. Nesta segunda-feira (24/3), um veículo da vítima foi encontrado na posse de um ex-funcionário identificado como Robson Luiz Alves Sales. Ele alegou ter recebido a quantia de R$ 199 mil da ex-patroa.

A coluna Claudia Meireles teve acesso ao depoimento de Robson à 12ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Durante uma operação de busca e apreensão na residência de Regina Lemos Gonçalves, os policiais encontraram um veículo Zafira prata, referente ao ano de 2009, sob posse do ex-funcionário. Robson foi questionado sobre a posse indevida do veículo.

Ele afirmou às autoridades que não devolveu o carro devido a uma medida protetiva que o impede de se aproximar da ex-patroa.

“Esclarece que não se apropriou do veículo, que era utilizado para trabalho desde 2019 autorizado pela sra. Regina, e que só não efetuou a devolução do veículo devido à medida protetiva que o impede de se aproximar da sra. Regina por uma distância de 500 metros”, explicou Robson.

Robson, atualmente atuando como segurança, começou a trabalhar para a socialite em 2016, como caseiro de uma propriedade no Rio de Janeiro. O salário acordado foi de R$ 4 mil mensais.

No depoimento à polícia, Robson detalhou que em 2019 fez um acordo com Regina para assinar sua carteira de trabalho referente ao período de 1º de setembro de 2016 a 7 de setembro de 2019, recebendo cerca de R$ 199 mil, incluindo horas extras.

“Nessa data, a sra. Regina assinou e rescindiu o contrato de trabalho no mesmo ato, pagando todos os débitos devidos até aquela data incluindo as horas extras”, afirmou o segurança.

Visão da vítima

Advogados representando a socialite negaram ter ciência do suposto pagamento de R$ 199 mil a Robson. O sobrinho de Regina, Álvaro O’hara, alegou que o ex-funcionário, em colaboração com ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro, responsável pelo cárcere, teria feito desaparecer bens da família.

Serviços prestados

Robson explicou em seu depoimento que além de suas funções de caseiro, ele também realizava trabalhos como jardineiro, manutenção da piscina, dedetização, serviços de alvenaria, mecânica de automóveis, pintura, cuidados com animais, controle do sistema de vigilância, entre outros, em duas propriedades de Regina na rua Capuri.

Em 2019, após a quitação de seus débitos trabalhistas, Regina fez uma nova proposta de emprego a Robson, com um salário de R$ 5,5 mil mensais, sem, contudo, assinar sua carteira de trabalho.

Robson também mencionou que não recebeu seus salários após deixar o emprego devido à medida protetiva que o impede de se aproximar da socialite, estabelecida em novembro de 2024.

Relembre o caso

  • Aos 89 anos, Regina acusa José Marcos Chaves Ribeiro de mantê-la em cárcere privado por uma década no Rio de Janeiro.
  • Após a fuga, ela tornou pública sua situação em entrevistas.
  • O evento ficou conhecido como Caso Chopin, nome do edifício em que ficava o apartamento onde a socialite foi mantida em cativeiro.
  • Familiares afirmam que José Marcos a coagiu a assinar um documento de união estável, o que Regina nega lembrar.
  • Destaca-se que Regina ficou viúva de Nestor Gonçalves, proprietário da Copag, em 1994.
  • Na época, a fortuna deixada por Nestor a Regina foi avaliada em US$ 500 milhões, equivalente a R$ 2,5 bilhões.
  • Parentes alegam que José Marcos desviou parte significativa da fortuna da socialite, incluindo joias e obras de arte.
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