Acusada de tentativa de golpe de Estado, a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Ferreira de Alencar, teve sua atuação nos eventos de 8 de Janeiro de 2023 criticada por quem hoje está responsável pela sua defesa. Como reportado pelo Metrópoles, a delegada da Polícia Federal contratou o ex-ministro da Justiça Eugenio Aragão, que havia representado a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
Marília é acusada de apoiar as ações da Polícia Rodoviária Federal que impediram eleitores de Lula de votar em 2022, além de ser acusada de ser leniente com os eventos de 8 de Janeiro quando ocupava o cargo na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
Durante sua defesa a Lula em 2022, Aragão solicitou ações legais contra as ações da PRF, incluindo a possível prisão de agentes, caso as operações continuassem. Em seguida, Aragão criticou Marília em uma entrevista, colocando em questão a responsabilidade dela nos eventos de 8 de Janeiro.
A procuradoria acusa Marília de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Em mensagens encontradas em seu celular, a PF identificou referências explícitas ao uso da PRF para interferir em favor de determinados votos.
Marília não foi um dos sete acusados que se tornaram réus em um julgamento no Supremo Tribunal Federal, pois não era parte da cúpula governamental. No entanto, ela contratou Eugenio Aragão para sua defesa perante o STF, que argumenta que sua cliente agiu em conformidade com suas funções profissionais.
Eugenio Aragão defende veementemente que Marília foi diligente em suas funções como diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, sem cometer crimes. Ele considera as acusações contra ela de natureza mais política do que jurídica.
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