Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou um aumento significativo nos preços das passagens aéreas no Brasil desde o início da pandemia. A região Norte foi a mais impactada, com os preços subindo até 328%. Nordeste e Centro-Oeste também apresentaram elevações expressivas de 134% e 130%, respectivamente. De forma geral, as passagens aéreas no Brasil registraram um aumento de 118%, encarecendo o transporte aéreo em todo o país.
No evento em Brasília no qual o estudo foi apresentado, a CNC apontou diversos fatores que contribuíram para essa alta nos preços. Os custos operacionais elevados das companhias aéreas e a concentração limitada de empresas no mercado foram destacados como alguns dos motivos. A confederação manifestou preocupação com a possível fusão entre as companhias Azul e Gol, temendo que isso agrave ainda mais a situação de preços elevados.
Além disso, a CNC ressaltou a importância da aviação regional como um meio vital de integração nacional, especialmente em áreas em que as rodovias são precárias e o acesso se dá predominantemente por via aérea. Para enfrentar esses desafios, sugeriu a formação de um grupo de trabalho destinado a discutir a entrada de novas empresas aéreas no mercado, bem como incentivos a investimentos em infraestrutura aeroportuária regional e a regulamentação de subsídios ao querosene de aviação, cujo custo elevado é um fator contribuinte para o aumento das tarifas.
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