Cristina Kirchner Recorre à Suprema Corte para Anular Condenação
Na última segunda-feira, a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner (2007-2015), apresentou um recurso à Suprema Corte em busca da anulação de sua sentença de seis anos de prisão e inabilitação vitalícia para ocupar cargos públicos por suposta administração fraudulenta de obras públicas durante seu mandato. Em um extenso documento de defesa redigido em dez páginas, liderado pelo advogado Carlos Beraldi, a defesa de Cristina solicitou à Suprema Corte a anulação da decisão e a absolvição de CFK (Cristina Fernández de Kirchner) das acusações.
O recurso foi protocolado após a Quarta Câmara do Tribunal Federal de Cassação Criminal ter negado, em 21 de março, um pedido da atual presidente do Partido Justicialista (PJ) para revisar seu caso. A defesa de Cristina alega que durante todo o processo judicial foram cometidas violações flagrantes de garantias constitucionais, culminando em decisões arbitrárias por parte dos magistrados que proferiram a sentença.
A Suprema Corte agora tem a prerrogativa de aceitar ou rejeitar o recurso, podendo emitir uma nova decisão ou forçar a ex-presidente a apelar a instâncias internacionais. Caso a sentença seja mantida, Cristina poderá cumprir a pena em prisão domiciliar por conta de sua idade avançada.
Paralelamente ao recurso, a defesa de Cristina solicitou o afastamento do juiz Manuel García-Mansilla, nomeado por decreto presidencial, alegando interferência e falta de imparcialidade no processo. A ex-presidente também acusou o presidente Milei de pressionar a Justiça para sua condenação.
Com um cenário político eleitoral em voga, a decisão da Suprema Corte em relação ao caso de Cristina Kirchner traz especulações sobre o desfecho do processo. Até então, não há prazo definido para a conclusão do julgamento.
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