Dólar tem leve alta em dia de anúncio de tarifas recíprocas por Trump e Ibovespa fica perto da estabilidade

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O dólar encerrou a sessão com leve alta, permanecendo abaixo de R$ 5,70, em meio às expectativas em torno das tarifas recíprocas anunciadas por Donald Trump. Investidores adotaram uma postura defensiva diante das incertezas, resultando em redução de posições em moedas latino-americanas. Em um dia positivo para commodities, o real se destacou entre os pares da região, enquanto o peso chileno e colombiano enfrentaram perdas significativas.

No mercado financeiro, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,7150, fechando com alta de 0,25% a R$ 5,6967 no pregão. Na semana, a moeda acumula queda de 1,13%. O dia também foi marcado pelo anúncio de tarifas pelo presidente dos EUA, incluindo uma taxa de 10% sobre todas as importações e de 25% para automóveis, com uma tarifa mínima de 10% para o Brasil. Em decorrência, o dólar futuro para maio manteve-se em queda, operando abaixo de R$ 5,69.

Enquanto o dólar teve um desempenho superior em relação às divisas latino-americanas, perdeu força frente ao euro e à libra. Isso resultou na queda do índice DXY para cerca de 0,40% e no aumento das taxas dos Treasuries, com o rendimento do T-note de 10 anos voltando a tocar 4,20%.

No cenário nacional, o Banco Central informou que o fluxo cambial de março está negativo em US$ 8,850 bilhões, com saída líquida de US$ 12,528 bilhões pelo canal financeiro. Apesar disso, o saldo total é negativo em US$ US$ 16,397 bilhões no ano, mesmo com entrada líquida de US$ 6,459 bilhões através do comércio exterior.

Na B3, os estrangeiros apresentaram um saldo positivo líquido de R$ 3,118 bilhões em março, totalizando R$ 10,642 bilhões no primeiro trimestre, a maior marca dos últimos três anos.

Ibovespa

O Ibovespa oscilou em torno da estabilidade ao longo do dia, aguardando o anúncio das tarifas recíprocas de Donald Trump. O índice mostrava um leve ganho de 0,03%, atingindo 131.190,34 pontos no fechamento. Nominalmente, oscilou entre a mínima de 130.392,60 e a máxima de 131.423,84 pontos, com abertura em 131.150,68 pontos. O volume financeiro foi de R$ 22,3 bilhões no dia. Na semana, o Ibovespa registra uma queda de 0,54%, com um aumento de 0,71% no mês e de 9,07% no ano.

Apesar da cautela dos investidores diante da incerteza, algumas ações do setor bancário se destacaram em alta, como Santander (Unit +1,69%) e Bradesco PN (+0,24%). Já Vale ON encerrou em baixa (-0,45%), assim como os papéis de Petrobras. Na ponta negativa do Ibovespa estavam CSN (-5,17%), Cogna (-3,24%), Brava (-2,78%) e CSN Mineração (-2,45%). Do outro lado, Pão de Açúcar (+15,84%), Magazine Luiza (+7,08%), Vamos (+7,00%) e Localiza (+3,85%) tiveram desempenho positivo.

Trump assinou um documento prevendo a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de automóveis e peças automotivas, alegando riscos à segurança nacional. As novas taxas entrarão em vigor em diferentes datas e atingirão diversos veículos e componentes.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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