O ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, deixou o governo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto desvio de emendas parlamentares, em um caso que envolve repasses para a cidade de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã era prefeita durante seu mandato como deputado federal.
Em uma carta aberta, Juscelino explicou que sua decisão de sair do cargo visa proteger o governo e concentrar-se em sua defesa. “Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu afastamento do cargo de ministro das Comunicações. Não o fiz por falta de comprometimento, pelo contrário. Estou saindo porque acredito que, neste momento, o mais importante é preservar o projeto de país que contribuímos para construir e no qual continuo acreditando”, afirmou.
O ex-ministro ressaltou o apoio recebido do presidente Lula durante sua gestão, enfatizando que sempre atuou com liberdade e respaldo para agir com autonomia e coragem.
Juscelino também destacou que considera as acusações infundadas e expressou confiança nas instituições. “Necessito me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, pois acredito que a verdade prevalecerá. Confio plenamente no Supremo Tribunal Federal. A justiça será feita!”, escreveu.
O Palácio do Planalto ainda não divulgou quem assumirá interinamente o cargo. A saída de Juscelino acontece em meio a pressões políticas por alterações no alto escalão do governo, ampliando o desgaste da ala do União Brasil na gestão petista.
Confira trecho da carta de renúncia:
“Hoje tomei uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública. Solicitei ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva meu desligamento do cargo de ministro das Comunicações. Não o fiz por falta de compromisso, muito pelo contrário. Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando.
Nos últimos dois anos e quatro meses, vivi a missão mais desafiadora — e, ao mesmo tempo, mais bonita — da minha vida pública: ajudar a conectar os brasileiros e unir o Brasil. Trabalhar por um país onde a inclusão digital não seja privilégio, mas direito. Levar internet onde antes só havia isolamento. Criar oportunidades onde só havia ausência do Estado.”
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