Um pronunciamento de Gilmar Mendes comparando a operação Lava Jato ao PCC gerou uma forte reação na cidade de Curitiba, onde a operação foi centralizada. O vereador Guilherme Kilter (Novo) propôs um projeto de lei para revogar o título de cidadão honorário concedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e torná-lo uma persona non grata na cidade.
Durante uma conferência nos Estados Unidos, Gilmar Mendes afirmou: “Fico muito orgulhoso de ter participado desse processo que você chamou de ‘desmanche da Lava Jato’. Porque era uma organização criminosa. O que eles organizaram em Curitiba, lamentavelmente, era uma organização criminosa. O que a gente escuta na Operação Spoofing, falando como que eles iriam destruir a vida empresarial do empresário A, do empresário B, do empresário C, a gente pensa que é uma conversa do PCC”.
O ministro também destacou que antecipou a situação, mencionando que via sinais de que algo daria errado, com base nos dados e práticas questionáveis que foram reveladas. Ele apontou a coordenação entre juízes e procuradores, evidenciada nos vazamentos da “Vaza Jato” e na Operação Spoofing.
Essas declarações foram feitas durante a 11ª edição da Brazil Conference, evento realizado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Gilmar Mendes mencionou ainda observar “excessos” cometidos na Lava Jato, incluindo a condicionante de liberdade à realização de delações.
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