A advogada Caroline Landim, representante de Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, revelou preocupações em relação à sua possível soltura em 2028. Ao longo de 26 anos de cárcere, Francisco não recebeu acompanhamento psiquiátrico e não há laudos técnicos atualizados sobre sua saúde mental. Isso gera um alto risco de reincidência, considerando seu histórico criminal e diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, que é considerado incurável.
Ela defende que a saída do detento deve ser condicionada a uma rigorosa avaliação psiquiátrica realizada por peritos da Justiça. O comportamento de Francisco é alarmante, uma vez que ele se recusou a participar de um documentário a menos que recebesse, previamente, um tratamento dentário completo, além de um rádio e patins. “Ele exige dentes de porcelana e não aceita alternativas como dentaduras”, afirmou a advogada.
Francisco sofre de amelogênese imperfeita, uma condição genética rara que afeta o esmalte dentário e provoca o esfarelamento da arcada dentária. Atualmente, ele está completamente desdentado.
Embora o pedido por tratamento dentário pudesse parecer razoável, seu histórico é perturbador: laudos do Instituto Médico-Legal (IML) indicam que, durante os crimes, ele mordeu e até arrancou partes dos corpos de algumas vítimas.
O serial killer nunca se submeteu a um exame psicológico, pois no sistema penal, essas avaliações são requeridas apenas quando o preso solicita a progressão para regimes menos severos, o que não se aplica a ele. Assim, ao cumprir os 30 anos em regime fechado, poderá ser liberado sem uma avaliação psiquiátrica atual.
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