O Paquistão denunciou, na última sexta-feira (9), que a Índia está levando as duas potências nucleares a um “grande conflito”. A declaração ocorreu após três dias de ataques mútuos com mísseis, artilharia e drones, resultando em mais de 50 mortos. O confronto teve início após a Índia implicar o Paquistão em um ataque que deixou 26 turistas mortos em 22 de abril na Caxemira sob administração indiana, uma alegação negada por Islamabad.
Após os ataques, a Índia afirmou ter repelido uma série de drones e disparos de artilharia do Paquistão, considerando a ação uma “resposta adequada”. A Caxemira, uma região de maioria muçulmana, é disputada desde a independência do Reino Unido em 1947 e abriga um movimento separatista que clama pela independência ou anexação ao Paquistão. O governo indiano atribui o ataque de abril ao grupo jihadista Lashkar-e-Taiba (LeT), classificado como “terrorista” pela ONU, enquanto Islamabad pede uma investigação independente.
Nos últimos dias, a Índia alertou que tomaria medidas militares e iniciou bombardeios na quarta-feira (7). Historicamente, Índia e Paquistão travaram três guerras desde a partilha britânica, duas delas relacionadas à Caxemira. Recentemente, a Índia acusou as forças paquistanesas de atacar suas bases militares. Em resposta, o Paquistão afirmou que derrubou 77 drones indianos em dois dias.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão destacou que o “patriotismo e a histeria de guerra” da Índia exigem preocupação global, alertando que a conduta indiana pode aproximar os dois países de um grande conflito. O porta-voz militar do Paquistão assegurou que o país não vai recuar diante da escalada.
Na última sexta-feira, cinco civis paquistaneses perderam a vida devido a um bombardeio indiano. Em retalição, o Exército do Paquistão atacou postos indianos, levando a mais mortes na região. O clima tenso levou à suspensão das aulas e ao fechamento de aeroportos na Índia, com a ordem para bloquear mais de 8 mil contas na rede social X, considerada uma ação de “censura”.
A comunidade internacional reforçou apelos por moderação, com os EUA pedindo uma desescalada das hostilidades e o início de um diálogo. Enquanto isso, os esforços para mediar a situação continuam, com várias nações se oferecendo para intervir.
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