São Paulo – Durante uma reunião na Febraban, a ministra Gleisi Hoffmann (PT) solicitou apoio ao presidente da entidade, Isaac Sidney, para enfrentar a disseminação de dados exagerados no vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O vídeo, publicado em 6 de maio, já superou 100 milhões de visualizações.
No encontro, realizado em 8 de maio, a ministra pediu que os bancos divulguem dados corretos sobre empréstimos consignados, uma vez que Nikolas insinuou que R$ 90 bilhões de consignados de aposentados foram desviados em um escândalo do INSS. Entretanto, esse número se refere ao total de empréstimos consignados em 2023, e não representa uma fraude real.
A situação foi amplificada por outros influenciadores, como Thiago Nigro, que sugeriu que a fraude poderia ter gerado um rombo de R$ 219 bilhões, confundindo valores de empréstimos com descontos associativos. A realidade é que o escândalo do INSS, revelado em dezembro de 2023, expôs um aumento significativo nas arrecadações de entidades, levantando suspeitas de fraudes.
As reportagens do Metrópoles foram fundamentais para a abertura de inquéritos pela Polícia Federal, originando a Operação Sem Desconto, que resultou na demissão de membros importantes do INSS e do ministério da Previdência.
Esse tema é crítico para o governo, uma vez que o crédito fácil é uma bandeira da gestão petista desde a ampliação dos consignados em 2003. Recentemente, o governo expande essa modalidade também para trabalhadores CLT, permitindo um acesso mais facilitado a empréstimos.
“O presidente Lula tem sempre falado que precisamos colocar dinheiro de forma mais barata na mão do povo, para que tenhamos real capacidade de desenvolvimento”, disse Gleisi após a reunião.
Na reunião, além de Sidney e Gleisi, participaram representantes de várias instituições financeiras, reforçando a importância do diálogo em busca de soluções para a situação.
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