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Estamos revisando todos os processos de concessão de benefícios, afirma o presidente do INSS

Em meio à fraude na previdência, Gilberto Waller Júnior criticou o empréstimo consignado via INSS e destacou a necessidade de uma abordagem completa na revisão.

  • Por da Redação
  • 11/05/2025 07h41 – Atualizado em 11/05/2025 07h59

Marcos Oliveira/Agência Senado

Gilberto Waller

O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior

No último sábado (10), o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, anunciou que o órgão revisará os processos de concessão de benefícios, nomeando apenas profissionais técnicos para cargos de coordenação. Ele destacou a necessidade de responder com eficácia às fraudes recentes.

Waller Júnior criticou o empréstimo consignado, mencionando que sua prática gera valores insatisfatórios e desafios consideráveis em relação às fraudes. “Para receber R$ 117 milhões por ano e ter a fraude do consignado associada ao INSS? É melhor acabar. O INSS não faz parte dessa cadeia de empréstimo”, afirmou.

Ele também comunicou que a Justiça está analisando o bloqueio de R$ 2,5 bilhões relacionados a associações envolvidas em fraudes, com planos de vender esses bens para compensar as vítimas.

Além disso, o presidente do INSS discutiu a necessidade de descentralização na gestão do órgão, que esteve excessivamente dependente de decisões ministeriais. Está sendo implementado um processo de saneamento, priorizando nomeações baseadas em competência técnica e responsabilizando os envolvidos em fraudes.

Reconhecendo que a pandemia facilitou a ocorrência de fraudes devido à redução de controle presencial, ele mencionou a necessidade de revisar a fiscalização da folha de pagamento, que atingiu mais de R$ 1 trilhão anualmente.

Waller Júnior ainda foi questionado sobre a ação da Advocacia-Geral da União (AGU) contra entidades associadas à fraude, esclarecendo que a ausência de comprovações recentes impede a responsabilização dessas organizações, enquanto investigações continuam.

Mencionou também que a fila de concessão está elevada e que um novo programa será criado para melhorar essa situação. O INSS deve atuar como um guardião contra fraudes, mas a reputação do órgão está sob pressão devido a escândalos recentes.