O recente afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol, determinado pela Justiça do Rio de Janeiro, resulta em riscos sérios para a CBF, que pode enfrentar punições da FIFA. O estatuto da federação proíbe qualquer interferência da Justiça Comum na administração das confederações, o que pode acarretar sanções para o futebol nacional.
No primeiro afastamento de Ednaldo em 2023, a FIFA já havia alertado a CBF sobre os perigos de sanções diante de intervenções externas nos conflitos internos. A entidade enfatizou que, conforme seus Estatutos, as associações devem gerir suas atividades independentemente, sem influências inadequadas.
Naquele momento, a Seleção Brasileira se preparava para o Pré-Olímpico na Venezuela, mas sua participação estava comprometida devido à falta de um presidente reconhecido pela FIFA. Este argumento foi fundamental para a reintegração de Ednaldo por parte do Ministro Gilmar Mendes, do STF.
Se a CBF for punida, a Seleção Canarinha poderá ser proibida de disputar amistosos, eliminatórias e, inclusive, a Copa do Mundo de 2026. Os clubes também estariam impedidos de participar de competições da CONMEBOL, como a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes.
Após o afastamento, o desembargador Gabriel Zefiro destituiu Fernando Sarney do cargo de interventor responsável pelas próximas eleições na CBF.
No mesmo dia, Ednaldo Rodrigues recorreu contra a decisão do TJ-RJ, solicitando a suspensão dos efeitos do afastamento e contestando a legalidade da intervenção de Fernando Sarney.
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