Na manhã desta quinta-feira, 29, o Supremo Tribunal Federal (STF) conduziu uma audiência por videoconferência, na qual ouviu três testemunhas escolhidas pela defesa de Anderson Torres. Essa etapa faz parte da Ação Penal que investiga a tentativa de golpe de Estado, planejada para evitar a posse do governo eleito em 2022. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, esteve à frente da sessão.
Os depoimentos foram prestados por Bruno Bianco, Wagner Rosário e Adolfo Sachsida. A defesa de Torres optou por não utilizar as testemunhas Paulo Guedes, Célio Faria e Adler Anaximandro Cruz e Alves. Essas mudanças sinalizam uma estratégia focada na busca de esclarecimentos que possam beneficiar o réu.
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, é um dos réus considerados pela Procuradoria-Geral da República como parte do chamado “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial”. Acusações gravíssimas gravitam em torno dele, incluindo a participação em um esquema para desestabilizar a ordem constitucional.
Além de Torres, outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier dos Santos e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, também enfrentam a Justiça. Todos eles são réus em um processo que inclui crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O cronograma estabelecido pelo STF prevê que as oitivas continuem até 2 de junho. Até agora, 43 testemunhas foram ouvidas, com 16 desistências registradas. Ao todo, ainda restam 21 testemunhas a serem convocadas em audiências futuras, o que promete manter a atenção do público e dos especialistas na área jurídica.
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