Tarcísio: Bolsonaro estava triste pós-eleição, mas nunca citou ruptura

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, trouxe à tona reflexões sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). Num clima de introspecção, ele afirmou que Bolsonaro se encontrava “triste e resignado” após as eleições de 2022, mas deixava claro que nunca cogitou uma ruptura, um ponto crucial na análise da situação política do país.

Como testemunha de defesa em um processo que examina alegações de uma suposta trama golpista, Tarcísio compartilhou detalhes sobre suas conversas com o ex-presidente. Ele descreveu um Bolsonaro preocupado com os futuros rumos do Brasil sob o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, expressando temores sobre as consequências dessa transição. “Ele temia que o Brasil desandasse com a posse de Lula”, relatou o governador, enfatizando o estado de apreensão que pairava sobre o ex-presidente.

A cada diálogo que tinham, Tarcísio percebeu uma angústia crescente. “O governo passou por uma grave crise. Era uma preocupação constante com o futuro do país”, disse, ressaltando que, em suas conversas, a maioria dos temas girava em torno dessa incerteza. Bolsonaro, segundo ele, sempre o incentivou a fazer a coisa certa, compartilhando aprendizados sobre sua gestão anterior—um traço notável de sua intenção de permanecer orientado por princípios na política.

Quando questionado sobre a possibilidade de que Bolsonaro tivesse participado dos eventos de 8 de Janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram depredados, Tarcísio foi enfático: “O presidente nem sequer estava no Brasil”. Ele reafirmou que o ex-presidente nunca teve a intenção de orquestrar um golpe de Estado a partir do momento em que perdeu as eleições, reforçando que, em todas as suas conversas, esse assunto nunca foi mencionado.

Por outro lado, apresentaram-se mudanças na dinâmica judicial. A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres decidiu não convocar o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, como testemunha neste processo que investiga tentativas de golpe. Outros depoimentos, incluindo do deputado federal Ubiratan Sanderson e do juiz Sandro Nunes, também foram dispensados. Com 46 testemunhas já ouvidas por videoconferência e a conclusão das audiências prevista para 2 de junho, o cenário está em rápida evolução.

Essa narrativa se desdobra num panorama de preocupações e incertezas, refletindo as tensões políticas atuais. E você, o que pensa sobre o estado da política brasileira? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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