Na noite de sexta-feira, 30 de maio, o Museu de Arte da Bahia (MAB) em Salvador celebrou um legado inestimável: o de D. Luigi Maria Verzé. A exposição “Biografias Transfiguradas”, do artista e médico Tripoli Francisco Britto Gaudenzi, prestou homenagem à vida e à obra do sacerdote, que se destacou por sua dedicação à medicina e à promoção da saúde.
O evento também marcou o lançamento do livro “A Medicina de Deus (1920-2011): Uma Biografia”, escrito pelo padre italiano Carmelo Mezzasalma. Com esta obra, lança-se luz sobre a trajetória extraordinária de D. Luigi, desde seu nascimento até sua partida, destacando sua vocação para o sacerdócio e o serviço humanitário. O padre Bento, da Associação Sigilli, ressaltou a importância do sacerdote que uniu fé e saúde em todas as suas ações.
A presidente da Fundação Monte Tabor, Laura Ziller, compartilhou histórias emocionantes sobre o amor de D. Luigi pela Bahia e seu trabalho apaixonado em prol da dignidade humana. “Ele se orgulhava dos títulos de cidadão soteropolitano e baiano. Seu ensinamento sobre o valor da vida é um legado que se perpetua até hoje”, afirmou Ziller aos presentes, tocando profundamente o público.
D. Luigi guiava sua vida por um lema poderoso: “Ide, Ensinai e Curai”, uma missão que ecoa na Fundação Monte Tabor através de práticas assistenciais de saúde. Dioney Mascarenhas, o diretor executivo, destacou as missões de voluntariado que levam cuidados médicos a populações carentes, como em Barra, distante 700 km de Salvador, onde equipes médicas oferecem assistência de qualidade a quem mais precisa.
Em um gesto comovente durante a cerimônia, Larissa Gaudenzi, filha do artista, doou todas as obras da exposição à Fundação Monte Tabor, recebendo aplausos emocionados do público. “Estou sensibilizado com essa homenagem. Que possamos ter mais encontros como este para compartilhar nossas ideias”, expressou Tripoli, visivelmente tocado pela ocasião.
D. Luigi chegou ao Brasil em 1974 com um sonho em mente: criar um hospital que não só tratasse doenças, mas também promovesse um atendimento humanizado. Em 1980, essa visão se concretizou com a fundação do Hospital São Rafael, uma verdadeira revolução na saúde da Bahia. Padre Bento enfatizou o impacto transformador que D. Luigi teve, humanizando a medicina e cuidando do ser humano em sua totalidade.
Embora D. Luigi tenha partido em 31 de dezembro de 2011, seu legado é indelével, manifestando-se através das obras sociais e espirituais que ainda prosperam. A exposição “Biografias Transfiguradas” estará disponível até o dia 22 de junho, convidando todos a refletirem sobre o papel essencial da sensibilidade na prática médica.
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