Opinião: Coronel deve ficar “de butuca” esperando que soberba atinja PT baiano

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O cenário político na Bahia para 2026 está prestes a se tornar um campo de batalhas, onde a soberba do PT pode se transformar em uma armadilha para seus aliados. A chapa puro-sangue, liderada por Jerônimo Rodrigues para o governo e com a presença de Jaques Wagner e Rui Costa no Senado, já levanta questionamentos e insatisfações entre partidos como PSD e Avante. Essas legendas, que surgiram fortalecidas nas últimas eleições, não estão dispostas a aceitar essa imposição sem discutir os seus interesses.

Historicamente, uma união política deveria beneficiar todos os lados envolvidos. Contudo, a estratégia petista de criar uma chapa com três figuras de destaque pode não ser tão imbatível quanto parece. As eleições são uma arena complexa, repleta de nuances que vão além das alianças em teoria. O PT parece confiar na força dessa união, mas a realidade pode apresentar dificuldades inesperadas.

O Avante, por exemplo, não deve ser um problema imediato. Com a promessa de que Ronaldo Carletto possa ter um lugar como suplente para um dos senadores, o clima de acomodação parece prevalecer. Carletto, que já aceitou essa posição antes, pode garantir a tranquilidade necessária para o grupo. No entanto, essa camaradagem não se aplica a todos os aliados.

O PSD, liderado pelo senador Otto Alencar, é uma outra história. Otto relembra que a última vez em que um grupo se sentiu forte o suficiente para formar uma chapa puro-sangue na Bahia foi em 2006, e o resultado foi a derrocada de um poder que parecia inabalável. Ele não está disposto a abrir mão do apoio de Angelo Coronel, que merece uma chance à reeleição. A compensação que o PT pode oferecer – uma vice que já tem a troca de Geraldo Jr. (MDB) como provável – não satisfaz as expectativas do PSD.

Coronel, ao contrário de outros aliados, revela uma personalidade que não cede facilmente. Ele não é Lídice da Mata, que em 2018 foi derrotada por um rival de forte influência no cenário político. O atual senador possui uma base sólida e um prestígio construído ao longo do tempo, especialmente no que diz respeito à gestão municipal, o que favorece uma conexão direta com a população. Não impacta apenas ele, mas traz uma nova dinâmica ao cenário eleitoral.

Atento, Coronel deve observar discretamente os planos do PT e o panorama nacional do seu partido, que poderá decidir entre apostar em uma candidatura própria ou apoiar nomes que não são da sua base. Essa análise traz consigo a possibilidade de ele apresentar uma candidatura independente, destacando-se em uma corrida onde sua visibilidade pode não ser tão grande, mas sua influência, compensada pela administração local, pode fazer toda a diferença.

O que resta a Coronel é esperar e, quem sabe, torcer para que a soberania do PT se transforme em sua fraqueza, permitindo que ele navegue os desafios políticos com mais clareza. O futuro está por vir, e a cena baiana promete ser eletrizante na contagem regressiva para as eleições.

E você, o que pensa sobre essa disputa eleitoral? Acha que o PT conseguirá manter seus aliados satisfeitos? Deixe sua opinião nos comentários!

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