STJ sedia lançamento de livro em homenagem à ministra Nancy Andrighi

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Na última terça-feira, 3 de junho, o Espaço Cultural do STJ foi palco de um momento memorável: o lançamento do livro Construção de um Legado para Igualdade de Direitos às Mulheres, coordenado pelas juristas Rosane Rosolen de Azevedo Ribeiro e Rita Dias Nolasco. Esta obra composta por 39 capítulos, escrita por uma notável coletânea de magistradas, advogadas, pesquisadoras e lideranças femininas, é não apenas uma análise jurídica, mas uma homenagem à ministra do Superior Tribunal de Justiça, Fátima Nancy Andrighi, reconhecida por sua contribuição no cenário jurídico do Brasil.

Os temas abordados incluem justiça de gênero, proteção das mulheres, representatividade, cuidados e protagonismo político. As 45 coautoras compartilham reflexões sobre os desafios, conquistas e perspectivas na defesa dos direitos humanos no Brasil contemporâneo e na promoção da igualdade de gênero e da justiça social.

O evento contou com a presença de autoridades como o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso; o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin; a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi; e várias outras figuras proeminentes do judiciário e da política.

Cerimônia de Lançamento

Durante a abertura, o ministro Herman Benjamin destacou a profundidade da obra, ressaltando que o livro é multidisciplinar. “Ele engaja diversas perspectivas, partindo do jurídico e expandindo-se para todos os outros aspectos da condição feminina em nosso país”, declarou. Benjamin também abordou a composição do STJ, que conta com apenas cinco mulheres entre 33 membros, enfatizando a responsabilidade da corte na escolha de seus integrantes.

Em sua homenagem à ministra Fátima Nancy, ele expressou sua admiração:

“É uma alegria ver uma homenagem a uma jurista tão excepcional. Ela serve de modelo para juízes e juízas em todo o Brasil.”

Maria Cristina Peduzzi reforçou a importância da homenagem, afirmando que ela simboliza um reconhecimento do papel transformador exercido por votos na luta pela igualdade. “A ministra Fátima Nancy foi uma fonte de inspiração para mulheres e homens da profissão jurídica”, enfatizou.

Rosane Rosolen, uma das coordenadoras da obra, fez um apelo para que a homenagem se estendesse a outras mulheres que também contribuíram significativamente para o Direito e a desigualdade de gênero. “Que este livro inspire aqueles que o lerem a lutar por justiça e igualdade”, disse.

Rita Dias Nolasco complementou, afirmando que o projeto é um “direito em construção”, e que a obra narra histórias inspiradoras de mulheres dedicadas a causas importantes.

“Esse não é um livro apenas sobre artigos jurídicos, mas sobre histórias de vidas que iluminam os momentos obscuros da nossa história”, disse Nolasco.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, compartilhou sua gratidão por ter conhecido a ministra Fátima Nancy, destacando sua habilidade de justiça e vulnerabilidade.

“Ela sempre esteve do lado de quem mais precisa. Sua trajetória é uma verdadeira lição de compromisso com a justiça”, comentou Barroso.

Por sua vez, a ministra Fátima Nancy Andrighi expressou sua profunda emoção ao receber tal reconhecimento. “Este é o presente mais significativo da minha carreira”, afirmou, relembrando sua jornada como juíza e a importância do trabalho coletivo no livro.

Em um gesto simbólico, Mariana Lôbo Espinêeira, uma das autoras, destacou a relevância do livro em meio aos desafios da equidade de gênero, abordando o tema das Mães de Haia e a luta por justiça nos tribunais.

Encerramos este relato ressaltando a importância da discussão sobre os direitos das mulheres, que o livro Construção de um Legado para Igualdade de Direitos às Mulheres busca promover. Que essa obra inspire e faça ecoar a necessidade de mudança. O que você pensa sobre a luta pela igualdade de direitos? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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