O clima de insegurança tomou conta da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) após o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, anunciar uma investigação sobre ameaças alarmantes feitas a todas as 24 diputadas estaduais. Um promotor de Justiça foi designado para acompanhar o caso, que culminou após o recebimento, em um único dia, de um e-mail que mencionava explicitamente “estuprar, matar e queimar” as parlamentares.
O remetente, um homem com menos de 30 anos que se autodenomina “masculinista”, alegou ter enviado o email utilizando “criptografia militar” e afirmou que está à espera do momento adequado para colocar seus planos em prática. Essas palavras acenderam um alerta vermelho no âmbito da segurança pública e da proteção aos direitos das mulheres.
Diante da gravidade da situação, a Alesp tomou medidas rápidas. Em uma reunião realizada na terça-feira (3/6), parlamentares, incluindo o presidente da Casa, André do Prado, e representantes das polícias Civil e Militar, deliberaram sobre a execução de um teste de segurança. Esta ação, similar a um simulado, visa avaliar a eficácia dos protocolos da Casa em situações limite de segurança.
Durante a reunião, o delegado encarregado da investigação garantiu que todas as providências estavam sendo tomadas para localizar e responsabilizar o autor das ameaças. À imprensa, a deputada Andréa Werner expressou sua preocupação, não apenas com sua segurança, mas com a de toda sua família e também das demais deputadas que se encontram em situações semelhantes. “Apenas me sentirei tranquila quando a pessoa for realmente identificada e punida”, desabafou.
Andamento da Investigação
- A Polícia Civil está investigando um homem de 28 anos, suspeito de enviar as ameaças. Seu celular e computador foram apreendidos.
- O suspeito nega as acusações, mas o conteúdo do e-mail continha não só ameaças de violência, mas também mensagens racistas e capacitistas.
- As deputadas, independentemente de suas posições políticas, uniram-se e divulgaram uma nota conjunta enfatizando que “não seremos silenciadas”, e alertaram sobre a crescente incidência de violência política orquestrada por grupos organizados na internet.
Essas ameaças despertam um debate essencial sobre a segurança e o respeito à atuação das mulheres na política. O apelo é claro: a sociedade não pode tolerar a violência política, e cada voz, cada mandato deve ser protegido. O que você pensa sobre isso? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo.
Comentários Facebook