À medida que o Dia dos Namorados se aproxima, entre jantares românticos e declarações de amor, um tema mais pragmático vem ganhando destaque nas conversas: o contrato de namoro. Este instrumento jurídico tem se tornado cada vez mais relevante, especialmente para casais que desejam deixar claras as condições do relacionamento, evitando confusões legais em caso de separação. Ele assegura que um namoro não seja visto como uma união estável, protegendo os patrimônios de ambos os parceiros.
De acordo com especialistas consultados, como a advogada Vanessa Pinzon, a popularidade do contrato de namoro tem crescido substancialmente, especialmente no Distrito Federal. A profissional explica que essa ferramenta é crucial para prevenir que um dos parceiros reivindique direitos sobre bens ou heranças no futuro. “Mesmo que compartilhem despesas ou residam juntos, a falta de um documento pode levar a interpretações legais indesejadas”, alerta.
O interesse por essa prática é mais significativo entre pessoas que possuem bens, como empresários e herdeiros de negócios próprios. Para eles, formalizar o namoro é uma forma de garantir segurança jurídica e proteção patrimonial. É essencial que o contrato seja registrado em cartório, explicitando que não há intenção de formar uma família do ponto de vista legal.
Apesar de sua importância, o assunto ainda é considerado um tabu por muitos casais. O economista Juliano Lara Fernandes ressalta que discutir finanças a dois deve ser uma parte natural de relacionamentos duradouros. “Compartilhar despesas sem uma formalização pode trazer complicações futuras. A maturidade é fundamental”, afirma. Para ele, tratar do futuro de forma clara e responsável fortalece a relação.
O contrato de namoro não requer testemunhas nem advogados, mas deve ser elaborado em cartório, através de escritura pública, tornando sua validade imediata. Caso o relacionamento evolua para uma união estável, será necessário um novo contrato, especificamente um de convivência.
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