Um importante passo em defesa da cultura e diversidade religiosa foi dado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que, na última terça-feira (10), decidiu investigar a polêmica demolição de um terreiro de candomblé situado no Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador. A ação, realizada na segunda-feira (9) por uma força-tarefa liderada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), surpreendeu a comunidade local e gerou um clamor por justiça.
A reivindicação da comunidade religiosa é clara: a demolição aconteceu sem qualquer notificação prévia. A ialorixá Naiara de Oya, responsável pelo terreiro Ilê Axé Oya Onira’D, expressou sua indignação, revelando que documentações sobre a intenção de compra da área foram apresentadas ao Inema. Essa ação não apenas desrespeita as práticas culturais, mas também mina o direito fundamental à liberdade de culto.
Para investigar os acontecimentos, o MP-BA oficiou, na quarta-feira (11), o Inema, a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e a Secretaria Estadual de Administração (Saeb), exigindo que apresentem informações detalhadas sobre o ocorrido em um curto prazo de 48 horas. Essa iniciativa do MP-BA destaca a importância da proteção dos espaços sagrados e da necessidade de diálogo com as comunidades envolvidas.
Enquanto isso, líderes religiosos e movimentos sociais expressam sua indignação, ressaltando que a demolição não é apenas um ataque à tradição, mas uma violação dos direitos de um povo que luta para preservar sua herança cultural. A comunidade permanece atenta, unida e determinada a garantir que ações como essa não se repitam.
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