Um novo capítulo na luta contra a corrupção no Brasil se desenrola com a recente decisão da Justiça Federal, que ordenou o bloqueio de impressionantes R$ 2,8 bilhões em bens e ativos financeiros. Este montante tem como alvo associações, empresas, escritórios de advocacia e indivíduos envolvidos no esquema conhecido como “Farra do INSS”. A ação é resultado de 15 ações cautelares movidas pela Advocacia-Geral da União (AGU), visando garantir a reparação das vítimas das fraudes relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Sob a liderança da juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, a decisão não apenas bloqueia os ativos, como também prevê a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, abrangendo o período de janeiro de 2019 a março de 2025. Entre os alvos, estão 12 entidades, seis consultorias e dois escritórios de advocacia, assim como seus dirigentes e sócios. As investigações revelam que algumas dessas entidades operavam como fachadas, utilizando “laranjas” para fraudes que resultavam em descontos ilegais nos benefícios previdenciários de aposentados.
O início desse processo judicial remonta ao dia 8 de maio, quando a AGU protocolou a primeira ação, buscando o bloqueio de R$ 2,56 bilhões relacionados a essas entidades questionáveis. Com o desdobramento das investigações, no dia seguinte, a Controladoria-Geral da União (CGU) pediu a inclusão de mais suspeitos, entre eles seis empresas e oito pessoas físicas que teriam intermediado pagamentos de propinas a servidores do INSS.
Para otimizar o processo, a juíza Moura decidiu dividir o caso em 15 ações distintas, facilitando o andamento judicial e garantindo um tratamento mais eficiente das evidências. Já em junho, um primeiro bloqueio foi realizado, impactando R$ 119 milhões relacionados a oito empresas. As mais recentes decisões, que colocaram o valor total bloqueado em R$ 2,8 bilhões, foram divulgadas na quinta-feira (12), com a expectativa de que esses recursos ajudem a ressarcir os aposentados e pensionistas afetados pelas irregularidades. As investigações continuam em pleno andamento.
O que você pensa sobre essa ação da Justiça Federal? Acredita que as medidas irão efetivamente proteger os direitos dos aposentados e prevenir futuras fraudes? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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