O soldado Eduardo José de Andrade, de apenas 23 anos, desmantelou um perigoso esquema de tráfico de drogas, celulares e anabolizantes no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. Cumprindo uma pena de 29 anos por homicídio, Andrade, que ainda aguardava julgamento por um segundo assassinato ocorrido em 2022, decidiu colaborar com as autoridades, resultando na prisão de quatro policiais militares envolvidos nas ilegalidades.
Dentre os detidos estão os soldados Felipe Oliveira Mazola, Felipe Moreira da Silva, Moreno Maximiliano Rocha e o cabo Nilson Moreira da Silva, todos levados a uma audiência de custódia na quinta-feira (12/6). A Justiça Militar, por meio da 5ª Auditoria Militar, determinou a manutenção das custódias cautelares dos PMs, um desdobramento de uma operação realizada pela Corregedoria da Polícia Militar.
As investigações revelaram que o esquema começou a ser descoberto quando Andrade foi flagrado em uma cela com um celular e um carregador, em fevereiro de 2024. O soldado denunciou que, pelo menos, dois sargentos, responsáveis pela guarda do presídio, facilitavam a entrada de itens proibidos, trazidos por familiares dos presos. Essa situação assemelha-se aos problemas encontrados nas cadeias convencionais.
Os celulares apreendidos nas operações revelaram mais sobre o envolvimento de Andrade. O celular que estava com ele, que resultou na expulsão da corporação, tinha um sigilo quebrado que revelou transações entre sua família e os soldados acusados, além de contatos com traficantes. A esposa do soldado ainda participava do esquema, recebendo drogas da cunhada para introduzi-las na unidade.
Além disso, o relatório da PM aponta que o cabo Nilson Moreira da Silva fornecia anabolizantes aos detentos, enquanto Moreno Maximiliano Rocha era responsável por receber os pagamentos por esses itens ilegais. A situação de Andrade é delicada, pois ele aguardará julgamento por outro homicídio, no qual sua vítima, Tiago de Paula, foi executada a tiros em novembro de 2022.
A defesa de Andrade não pôde ser contatada, mas o caso revela as gravíssimas falhas no sistema de custodial da PM. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que os quatro policiais estão sob investigação por corrupção, prevaricação e facilitação no ingresso de materiais ilegais no presídio.
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