O pastor Silas Malafaia se manifestou de forma contundente em um vídeo publicado na sexta-feira, 13 de junho, exigindo a anulação do inquérito referente aos eventos de 8 de janeiro de 2023. Sua reclamação surge após a revista Veja expor supostas inconsistências na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
A reportagem da Veja revela que Cid, após firmar um acordo de delação, teria afirmado em mensagens a um interlocutor que sofreu pressão de um delegado da Polícia Federal e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para incriminar o ex-presidente. Na capa da revista, uma frase inquietante: “Mauro Cid mentiu”.
Malafaia afirmou que o advogado de Bolsonaro preparou uma “armadilha” ao interrogar Cid sobre o uso das redes sociais de sua esposa. Para o pastor, isso reforça que a colaboração não tem valor, uma vez que o inquérito se baseia essencialmente no depoimento do militar. Ele não hesitou em expor suas críticas ao STF, perguntando diretamente ao procurador-geral Paulo Gonet e aos ministros: “Vocês vão sustentar essa farsa de pseudogolpe?”.
O pastor também manifestou descontentamento em relação à prisão do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que ocorreu no mesmo dia. Para ele, essa ação serviria como “cortina de fumaça” para desviar a atenção das revelações feitas pela revista.
Tomando uma posição firme, Malafaia convocou entidades como a ABI, OAB, Congresso e a imprensa a reagirem, advertindo que “o Estado Democrático de Direito está sendo jogado no lixo”. Ele expressou desconfiança sobre a imparcialidade do STF e acusou o Judiciário de ser utilizado como uma ferramenta política.
“O que estamos vendo não é Justiça, mas uma perseguição disfarçada de legalidade”, afirmou, alertando que a crise institucional é uma realidade camuflada por uma aparência de normalidade democrática. Para Malafaia, o que acontece com Bolsonaro pode, futuramente, afetar qualquer brasileiro. “Hoje é com um ex-presidente, amanhã pode ser com qualquer um de nós”, concluiu, destacando que a falta de freios e contrapesos no Judiciário pode levar a abusos de autoridade e comprometer as bases do Estado de Direito.
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