O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tomou uma decisão histórica ao decidir, por unanimidade, seguir adiante com o processo disciplinar contra o juiz Rudson Marcos, responsável pelo polêmico caso da influencer digital Mariana Ferrer. Essa ação seguiu um pedido da União Brasileira de Mulheres, que denunciou o magistrado por assédio judicial.
Em meio a um contexto já delicado, o juiz processou mais de 160 figuras públicas por se referirem a ele com o termo “estupro culposo” durante o julgamento do empresário André de Camargo Aranha, que ocorreu em 2020. A repercussão foi intensa, e a sociedade começou a exigir uma resposta firme por parte das autoridades.
Inicialmente, o CNJ havia decidido arquivar a reclamação disciplinar após a desistência do juiz na maioria dos processos. Porém, a União Brasileira de Mulheres não se deu por vencida e fez um recurso, que foi negado. Em fevereiro deste ano, um novo desdobramento ocorreu: o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a liderança do ministro Luiz Fux, acolheu um mandado que anulou a decisão anterior e ordenou que o CNJ revisasse o caso em sua totalidade.
Na prática, a decisão do CNJ não apenas reafirma a importância da responsabilização dos judiciários em casos de assédio, mas também destaca a necessidade de um processo mais transparente e cuidadoso. “O Conselho, por unanimidade, deu parcialmente provimento ao recurso para determinar o regular processo de reclamação disciplinar, de modo a viabilizar a realização de diligências e colheita de informações alusivas às ações que respaldam o objeto do presente procedimento”, afirma o relato da decisão.
Essa é uma oportunidade valiosa para reforçar o debate sobre a justiça e a equidade de gênero em nosso sistema judicial. O que você pensa sobre essa decisão? Compartilhe suas opiniões e vamos conversar sobre a importância de um judiciário que responda às exigências da sociedade.
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