O Mapa da Desigualdade, desenvolvido pela Rede Nossa São Paulo, apresenta um panorama revelador sobre a qualidade de vida na cidade. Seu ranking, atualizado recentemente, denota os melhores e piores bairros para residir na metrópole paulista, com destaque especial para Moema, na zona sul, que se destacou em quatro dos 11 indicadores analisados, como educação, habitação, segurança e saúde, acumulando impressionantes 75,6 pontos.
Logo em seguida, aparecem os bairros Butantã, com 74 pontos, e Vila Mariana, alcançando 71 pontos, ambos reconhecidos por sua infraestrutura e serviços. Esses locais, predominantemente situados no centro expandido da cidade, se destacam entre os 10 melhores, criando um contraste marcante com as áreas menos favorecidas.
A Brasilândia, na zona norte, amarga a liderança entre os dez piores bairros, somando apenas 49,39 pontos, seguida por Tremembé (50) e Capão Redondo (53,5), na zona sul. Essa disparidade destaca a importância da pesquisa, que investiga aspectos como serviços essenciais, infraestrutura e condições socioeconômicas dos 96 distritos da capital.
Os 11 critérios avaliados incluem saúde, educação, segurança pública, direitos humanos, meio ambiente, mobilidade, trabalho e renda, habitação, cultura, infraestrutura digital e esportes. Os dados obtidos revelam desigualdades alarmantes: enquanto a expectativa de vida em Moema é de 79 anos, na Brasilândia, essa média cai para 64 anos. Além disso, a ausência de favelas é uma realidade em 10 distritos, enquanto a Brasilândia apresenta 24,71% de domicílios em áreas precárias.
“Nós não estamos tendo sucesso, como sociedade na cidade de São Paulo, na redução desses índices de desigualdade. Há 20 anos, a diferença entre as idades ao nascer e morrer era a mesma do que a de hoje, apesar de a expectativa de vida ter aumentado. Então a desigualdade não está sendo combatida”, comenta Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo.
Em resposta a essas disparidades, a Prefeitura de São Paulo reforçou seu compromisso com uma cidade mais justa e democrática. Diversas iniciativas, como o programa “Pode Entrar” em habitação e a criação do “Domingão Tarifa Zero” no transporte público, visam proporcionar melhoria nas condições de vida. Além disso, há investimentos em saúde com a modernização de hospitais e novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A segurança pública, por sua vez, também é um tema crítico. O bairro da Sé, que se destaca pelos baixos índices de segurança, apresenta um número alarmante de óbitos por causas externas, com 26,2 por 100 mil habitantes, enquanto a média na cidade é de 5,28. A Secretaria da Segurança Pública informou que ações de policiamento preventivo estão sendo ampliadas e que, desde 2020, houve uma queda de 36% em homicídios na região central.
A análise da qualidade de vida em São Paulo não apenas destaca as desigualdades, mas também provoca reflexões sobre os caminhos a serem traçados para garantir um futuro mais equitativo. Quais mudanças você gostaria de ver em sua comunidade? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários!
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